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Revolução Farroupilha e Lanceiros Negros

A Revolução Farroupilha (1835-1845), revolta de caráter republicano contra o governo imperial do Brasil, centralizador e escravocrata.

Entre as diversas insatisfações estavam:

- Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;

- Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias;

- Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época;

- Os farroupilhas eram contrários à entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultava o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.




Junto com essa insatisfação se manifestava um sentimento abolicionista por parte de alguns dos participantes deste conflito tão importante para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. Com isso os negros que

participariam desta revolução teriam a tão sonhada liberdade, não só para si, como para todos os negros que foram trazidos de suas terras à força para servir de escravos.


Em abril de 1836 foi organizada tropa dos Lanceiros Negros após a batalha de Pelotas, quando os farrapos fizeram centenas de prisioneiros, entre eles muitos negros, que constituíam a maioria da população do

município. Eram os escravos que tocavam as charqueadas. Eles também trabalhavam como peões em estâncias e lavouras. Muitos eram domadores de cavalos, ginetes. Com a promessa de liberdade no final da guerra, os lanceiros transformaram-se na vanguarda das tropas farroupilhas por suas habilidades.


O fim da Guerra dos Farrapos chegou em 1845 quando com seu exército praticamente todo abatido, os Farrapos aceitaram o acordo oferecido pelo Império. Então em 28 de novembro de 1845 foi assinada a Paz do

Ponche Verde pelo Presidente da República Rio-grandense Gomes Jardim e por Duque de Caxias


O acordo foi muito vantajoso para os Farroupilhas, pois os revoltosos tiveram ampla anistia; liberdade para os escravos que participaram da guerra; taxação sobre o charque platino importado, entre outros benefícios.

Assim, encerrava-se a revolta dos Farrapos e a paz voltou ao Rio Grande do Sul. Era o fim dessa ímpia e injusta guerra, que perdurou por dez anos, de 1835 a 1845.


De fato a história do fim da Revolução Farroupilha foi muito manipulada pelos narradores, que sempre se preocuparam em defender um dos lados – o Império ou a República. São mais de 500 livros, nenhum isento ou

imparcial. Em quase todos, os lanceiros não aparecem ou são citados apenas de passagem. Pode-se dizer que por mais de um século colocou-se uma pedra sobre a história dos negros no Rio Grande do Sul.


Por isso é importante sempre lembrar de todos os aspectos, participantes, e consequências das revoluções para que possamos criar uma consciência real e construirmos uma visão igualitária e de respeito a todos os

povos e nacionalidades que constituem nosso Brasil.


Fontes:

http://www.osul.com.br/o-fim-da-guerra-dos-farrapos/

http://www.ufrgs.br/ensinodareportagem/cidades/lanceirosnegros.html

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucao-farroupilha.htm

http://www.portaldasmissoes.com.br/site/view/id/1408/20-de-setembro-feriado-santo-dos-gauchos..html


Imagem Lanceiro Negro:

Retratro de um Lanceiro Negro, óleo de Juan Manuel Blanes

Foto: Divulgação Sedac



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